A princesa Isabel foi declarada herdeira do trono brasileiro aos 11 meses de idade, após a morte precoce de seu irmão, D. Afonso, em 1847. Sendo assim, ela passou a ser a herdeira presuntiva (herdeira indicada de antemão por meio de um testamento).
Em 1848, nasceu o terceiro filho de Dom Pedro II com a imperatriz Teresa Cristina, Pedro Afonso. Por ser do sexo masculino, a princesa Isabel perdeu o posto de sucessora direta do trono.
No entanto, tal condição não durou muito tempo, pois, assim como o irmão mais velho, Pedro Afonso morreu ainda criança, em 1850.
Após a morte do segundo irmão, a princesa voltou à condição de herdeira presuntiva. Como os imperadores tiveram uma quarta filha, Isabel continuou como a herdeira oficial na sucessão do trono.
Comandou o país em três momentos
A partir da década de 1870, Dom Pedro II passou a delegar funções de chefe de Estado à princesa Isabel sempre que se ausentava do país.
A primeira ocasião foi em 1871, quando ela sancionou a Lei do Ventre Livre, que determinava que nenhuma criança filha de escrava, nascida a partir da promulgação da lei (28 de setembro), seria escrava.
O segundo momento foi entre 1876 e 1877, quando a princesa enfrentou alguns problemas de cunho pessoal e político.
Este período foi marcado por uma intensa seca no Nordeste. Ao mesmo tempo, maçons e católicos se enfrentavam em um duro embate político-religioso
Casamento
A princesa Isabel foi casada com o aristocrata francês, Conde d’Eu. Juntos, tiveram três filhos, Pedro de Alcântara, Luís e Antônio.
O Conde d’Eu ficou conhecido por sua performance na Guerra do Paraguai, conflito em que foi um dos comandantes do exército brasileiro.
Ele foi o responsável por ordenar um dos maiores massacres cometidos na América do Sul, que ocorreu durante a guerra.
Rejeitou o trono para evitar um conflito
Após o golpe que destronou o então imperador, Dom Pedro II, em novembro de 1889, diversos movimentos emergiram exigindo a restauração da monarquia no país.
As duas Revoltas da Armada se inserem neste contexto. O objetivo do conflito era reconquistar o trono e transferi-lo à princesa Isabel, que havia se exilado em Paris.
Entretanto, visando impedir derramamento de sangue, a princesa negou tal condição e preferiu abrir mão de vez do trono.